quinta-feira, 7 de maio de 2009

De 4, sua danada!

Enfim, retornei de São Paulo nessa última terça com uns 15 minutos de atraso de vôo e quase meia hora de atraso na esteira do aeroporto 2 de Julho (quer dizer, Deputado Luís Eduardo Magalhães) pra pegar uma mala. São Paulo é estranhamente estranha.
Após críticas construtivas (e chatas) sobre como escrevo nesse blog, volto a escrever sobre nada. Mas nunca saí desse caminho, nobre leitor.
Em São Paulo vi de tudo e juro que não vi tudo. Fiquei hospedado na Rua Augusta, conhecida por seus prazeres noturnos (sujos e caros, presumo eu, não perguntei), e fazia frio todos os dias. Cansei de caminhar na Augusta e na Paulista (no sentido de caminhei muito, já que é muito legal caminhar numa avenida que tem gente de todo tipo) e fiquei impressionado, como todo bom tabaréu, com a quantidade de gente, com a quantidade de ônibus, com a quantidade de sujeira e com a quantidade de andares nos prédios que as permeiam.
Uma das coisas que mais gostei foi a mescla de visuais, tá que os emos reinam por lá (foi a maior concentração de bibinha chata no dia do show do Fresno numa rádio no meio da Paulista), mas vi desde um punk com um moicano do tamanho de um pombo (eu vi um pombo do tamanho de um peru de natal, juro) a um senhor de idade vestido à la carcamano italiano recém chegado na lavoura de café. Os sons de lá também são intensos: muitas sirenes, palavrões, motores e sotaque irritante do adenóide (Pô, meu!).
Os cheiros são os mesmos de Salvador, então não foram nada agradáveis. Principalmente a Augusta.
Mas o que eu notei que Salvador ganha de Sampa é a simpatia. Segundo meu amigo Orlando, o povo de São Paulo anda sem ligar para os outros e sem nem mesmo olhar para uma mulher linda quando ela passa (eles não olham, mas tem muita gata lá...MUITA!) porque estão smepre ocupados com o salário, já que a cidade é cara até para quem vive de prostituição. O povo vive duro (lá ele!). Fui perguntar à uma senhora onde ficava a entrada da rua Bela Cintra e ela distraída que estava quando me viu chegar apertou a bolsa contra o peito e fez cara de assustada (tá que eu sou feinho, mas sou aparentemente inofensivo).
Por duas vezes foi "trombado" na rua por uns caras marrentos, obviamente procurando briga, sem ouvir um "desculpa" (isso é mais explicável, eles logo viam que eu não tinha a menor chance de revidar devido à minha magreza).
Se fosse em Salvador seria diferente de 3 formas: ou o cara te pedia desculpas polidamente, ou ele te pedia desculpas do jeito baiano e chegava até a te pagar um acarajé, ou ele te xingava e metia a porrada mesmo. Aqui é mais simples.

O foda foi voltar. Não queria sair de lá, e tinha o lance da gripe suína nos aeroportos. Tá, essa última não foi problema nenhuma, mas eu queria lembrar. Campinas foi minha casa por 5 horas ante de retornar pra Salvador, que se dissolvia no "Dilúvio do Ano", segundo os entendidos e afogados daqui.

Ah, pra quem achou que eu tremi no avião, se iludiram. Foi muito legal na parte da turbulência em que tinha gente conversando com Deus, aproveitando a proximidade.